quinta-feira, 31 de julho de 2008

sozinha ...

Agora, sozinha olhando pro nada;
Mas vendo tudo,
Tudo o que me trouxe até aqui;
Vejo a tudo e a todos, mas ninguém me vê;
Canto canções que tragam paz a essa guerra.
Tento manter a calma
Mas muitos conflitos têm surgido em meu ser ultimamente
Só a música e a escrita têm me acalmado
Na escuridão do meu quarto escuto os sons do passado
Que me fazem correr pro futuro
Mas só posso chegar lá com o tempo do presente
Que está caminhando muito lentamente
Queria muito poder saber o que acontecerá nesse futuro que nunca chega
E entender o porquê de algumas coisas que têm me acompanhado em meu presente
E nesse tempo estou como um gelo
Não sinto nada, nem dor nem amor;
Às vezes penso que estou feliz,
Mas como poso estar feliz se existem pessoas tristes por minha causa?!
E volto ao ponto inicial imune a qualquer tipo de emoção;
As lágrimas que antes eram freqüentes em meu rosto
Agora não existem mais
O sorriso que um dia foi raro agora está sempre comigo
Mas não sei por que eu insisto em me achar culpada quando me sinto feliz;
Parece que algo ainda me prende ao passado
Fazendo-me sentir culpa por erros que eu nem sei se cometi.
Enquanto estou nesse presente que insiste me acompanhar até o final
Prefiro permanecer sozinha, sem saber pra onde ir;
Mas sabendo que um dia vou chegar.

quarta-feira, 30 de julho de 2008

Meu maior Conflito

Novamente estou aqui em uma folha de papel
Tentando encontrar explicação para a pergunta “Quem sou EU?”.
Não sei o que acontece, mas às vezes penso que essa simples folha branca;
Sabe muito mais do que posso imaginar
Quando me ponho à sua frente em conflitos comigo mesma
É como se ela me chamasse para conversar
E à medida que escrevo tenho a sensação de que algumas respostas vão surgindo
Quando tento omitir ou mentir sobre alguma coisa
Eu não consigo nem começar a escrever
É como se fosse algo que sabe tudo sobre mim,
Mas só pode me responder através de mim mesma
É como se eu precisasse registrar neste pedaço de papel cada momento meu
Se eu tento disso fugir algo me persegue
E só me deixa em paz quando eu me sento pra escrever.
Percebo então que não é neste papel que fica a resposta para o meu maior conflito
Descobrir quem sou eu, mas essas respostas estão acumuladas dentro do meu ser;
Procurando de alguma forma sair, e a única forma que encontraram para isso;
É se aliando ao papel por isso não consigo fugir ou me afastar por muito tempo
Pois fugir da escrita de um poema ou poesia;
É como se estivesse fugindo de mim mesma.